VITAL_Solo à morte de um carregador — Marta Jardim

VITAL_Solo à morte de um carregador — Marta Reis Jardim

Completamente embebida na sua vida virtual, uma mulher vive o drama da avaria do seu carregador de telemóvel, incapaz, assim, de a conectar com o seu mundo. Sozinha, fechada na sua bolha, e entre os seus laivos de loucura, revolta-se pela falta do único elo de ligação ao que a sustenta, alimenta e nutre. Reflete no seu carregador avariado, o seu maior confidente, o seu bode expiatório e a via do seu “carregamento emocional”, e continua a expremer continudos de si mesma, mesmo sem o feedback do exterior, sem ligação à web, vivendo outro tipo de fingimento. Até onde conseguirá aguentar-se numa vida não palpável com a falta dela? O que fazer sem a ilusão dos holofotes virtuais para ela virados? Terá de se suportar e de suportar a “realidade” que criou e que não conhece? Redescobrir-se no material e concreto, ganhar consciência de si, algo que há muito perdeu, enleada em múltiplas camadas que construiu de si própria pouco francas à sua verdade.

Ficha Técnica / Artística

Conceção, Criação e Interpretação: Marta Jardim
Desenho de luz e som e conceção de dispositivo cénico: Marta Jardim
Conceção do espaço cénico: Marta Jardim e Pedro Jardim
Execução de paramentos, adaptação de dispositivos e engenharia de cena – Pedro Jardim.Concepção Figurinos: Marta Jardim e Carmen Alves
Execução dos Figurinos: Carmen Alves
Fotografias promocionais: Inês Sambas
Entidade de Produção: BI.ACTRIZ Associação de Artistas
Assistênte de Ensaios/Criação – Bárbara Cordeiro
Co-produtores e apoio à residência
Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre, Portalegre
Lendias de Encantar/CADAC Beja
Co-produção de residência
O Espaço do Tempo, Montemor-o-novo

Apoios à criação
Companhia Olga Roriz, Lisboa
Real Pelágio, Lisboa
Cine-Oriental, Aljustrel
Estúdios Vitor Córdon, Lisboa
FICHA TRIPLA | PRODUÇÃO D’FUSÃO

Apoio ao acolhimento
Escola de Mulheres, Lisboa

Sobre Marta Jardim

Marta Reis Jardim (1995) é criadora e intérprete na área das artes performativas em projetos multidisciplinares, projetos de dança contemporânea, de teatro e de música. Trabalha também como atriz e bailarina para Cinema. Tem desenvolvido trabalho autoral multidisciplinar tomando a dança contemporânea como ponto de partida. Das suas criações destaca TravessiaS que contou com estreia no pequeno auditório CCB Dez20, ALUCINAÇÃO26 co-criação com Alice Duarte, com estreia no Festival Bairro em Festa20 e Travessia_Trajetória2 criado para o Festival Interferências19.

Como intérprete na área da dança e projetos multidisciplinares destaca ter trabalhado com Madalena Vitorino, Filipa Francisco, Marina Nabais e Bruno Cochat, Olga Roriz e Jérôme Bel. Em teatro e cinema trabalhou com Júlia Buisel, Francisco Manso, Rui Simões, Ricardo Cabaça e Fátima Reis.

Licenciou-se em Dança na Escola Superior de Dança (2013-16) e frequentou a formação FOR Companhia Olga Roriz (2016-18). Frequentou um semestre de Erasmus + na TEAK _ Theater School of Helsinki e fez estágios na peça FLOW (2018) da LINGA Compagnie, Laussanne e em Autópsia (2019) da COR. Tem o curso profissional em saxofone 8.º grau pela EMCN/EMNA(2005/13).

Actualmente está a criar e a produzir VITAL_Solo à morte de um carregador o seu novo trabalho para palco. Frequenta o Mestrado em Criação Coreográfica e Práticas Profissionais na ESD e as Lições de Teatro com Pedro GIl.