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Paraíso — La Veronal, Nuno da Rocha e Marcos Morau
Dezembro 12, 2022 - Dezembro 22, 2022
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Paraíso — La Veronal, Nuno da Rocha e Marcos Morau
Paraíso é a história de uma ilha. Kalis, uma ninfa, fala-nos da sua viagem com as Ménades que fugiram do continente, dos fogos, da guerra e do caos. À deriva, através do mar, Kalis e as Ménades acabaram por chegar à ilha, onde criaram uma nova sociedade de partilha e convívio. Recordando os tempos antigos e as imagens que a assombram, Kalis evoca os fantasmas do passado, incluindo as figuras de Caronte, Eurídice e Orfeu, antes de acolher o Coro dos Vivos, um grupo de recém-chegados à ilha. Uma dança, como um rito de passagem, tem então lugar entre as Ménades para acolher os vivos, numa celebração da beleza, dos sonhos e dos mundos possíveis.
Ficha Artística / Técnica
NUNO DA ROCHA: Composição Musical
MARCOS MORAU: Direção Artística e Coreografia
PEDRO NEVES: Maestro
CLÉMENT BONDU: Libreto
EDUARDA MELO: Soprano
ANDRÉ HENCLEEDAY: Pianista de Ensaio
MARC SALICRÚ: Cenografia e Desenho de Luz
NUNO DA ROCHA, ANDRÉ HENCLEEDAY, PAULO BERNARDINO, JOÃO SILVA, RAQUEL REIS, MARCO FERNANDES: Músicos
LORENA NOGAL, SHAY PARTUSH, ESTER GONÇALVES, EMANUEL SANTOS, MARGARIDA BELO COSTA: Bailarinos
Sobre Nuno da Rocha
Nuno da Rocha (n. 1986) estudou Composição com Vasco Mendonça, Carlos Marecos, Luís Tinoco, Carlos Caires e António Pinho Vargas. Em Fevereiro de 2011 escreveu música para a exposição “A kills B – acção imagética, Ifigénia e Isaac”, apresentada no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. Ganhou o 3º Prémio do Concurso de Composição da SPA / RTP (Setembro 2012) com a peça “O que será do rio without John Cage?” para Orquestra Barroca; peça estreada pelos Divino Sospiro (dir. Massimo Mazzeo) no Festival Jovens Músicos 2012. Foi seleccionado para o TENSO Young Composers Workshop 2014, em Maio de 2014, na Bélgica. Neste workshop trabalhou com o coro Danish Radio VokalEnsemblet, com o maestro/compositor James Wood e com o compositor Leo Samama. Seguidamente, participou numa 2ª fase em Riga (Letónia), em Outubro de 2014, e foi finalista do TENSO Award 2014 em Copenhaga (Dinamarca), em Novembro de 2014. Foi seleccionado para o workshop “Composing for Voice” da rede ENOA, dirigido pelo compositor Magnus Lindberg e pela soprano Barbara Hannigan. Deste workshop resultou a estreia da sua peça “I could not think of thee as piecèd rot” (Setembro 2014), pela Orquestra Gulbenkian e pela soprano Inês Simões, sob a direcção de Magnus Lindberg. Em 2015, Nuno da Rocha foi o Jovem Compositor em Residência na Casa da Música (Porto). Desta residência resultaram 3 encomendas: uma obra para o Trio Portucale, outra para o REMIX Ensemble e outra para a Orquestra Sinfónica Casa da Música. Em Junho de 2016 foi um dos compositores residentes na “Song and Creation Residency”, promovido pela Academia do Festival de Aix-en-Provence (França). Durante esta residência foi estreada a sua peça “ECCE PUER”, para mezzo-soprano, barítono e piano preparado. Em Novembro de 2016 lançou o seu primeiro álbum monográfico (“Mesmo que faça frio”), que reúne todas as suas obras para vozes brancas. Foi um dos compositores nomeados para a TOTEM (Théâtre Opéra Texte et Écriture musicale) 2017-18, organizado pelo Festival d’Avignon (França). Para este encontro Nuno da Rocha escreveu a música para duas pequenas óperas de câmara. Em Outubro de 2019 foi lançado o seu segundo álbum monográfico (“O que será do rio”) com todas as suas obras para orquestra barroca (Divino Sospiro, Massimo Mazzeo – editora mpmp). Em Dezembro de 2019 a sua peça “RESTART” recebeu o 1º Prémio do Concurso de Composição da Arts Society – London. Em Janeiro de 2020 foi estreada a sua peça “INFERNO”, para Coro, Orquestra e Multi-instrumentista. A obra foi uma encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian e da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. A peça será repetida em São Paulo (Brasil) nos dias 16, 17 e 18 de Outubro de 2023. Nuno da Rocha é doutorando em Composição pela Royal Academy of Music, Londres (UK) – 2018-2022.
Sobre Marcos Morau
Marcos Morau (Valência, Espanha, 1982) estudou coreografia no Institut del Teatre de Barcelona, no Conservatorio Superior de Danza de Valencia e na Movement Research em Nova Iorque, obtendo a pontuação mais alta no projecto final e o prémio extraordinário do Institut del Teatre. Realizou o seu projecto de assistente de coreografia no Nederlands Dans Theater II e na companhia IT Dansa dirigida por Catherine Allard. As suas capacidades artísticas não se limitam à dança, mas alargam-se a disciplinas como a fotografia e o teatro, estudando o Mestrado em Teoria do Drama. Para além da direcção da sua companhia La Veronal – fundada em 2005 – também criou peças para a Companhia Nacional de Dança de Espanha, Scapino Ballet Rotterdam, Skånes Dansteater, Göteborg Operans Danskompani, Ballet de Lorraine ou Carte Blanche Norway, entre outros. O projeto artístico de Morau reside na busca constante de novos suportes expressivos e de referências culturais como o cinema, a literatura e a fotografia que dão corpo a uma linguagem narrativa surpreendente.