VITAL solo à morte de um carregador

Esta mulher detentora de um perfil aditivo à vida virtual, tendo apagado toda a sua conexão com o exterior terreno, vive o momento dramático da incapacidade do seu carregador a conectar com a virtualidade que a sustenta. Este objeto via do seu carregamento emocional, uma vez inutilizável torna-se o seu maior confidente materializando tanto os seus desejos como as suas carências. Revela o seu desequilíbrio e terá sozinha de se suportar e de suportar a realidade que criou. Suprimidas há muito, as suas necessidades básicas serão uma via de redescoberta de si própria. A reconciliação com o espaço físico que habita e a aprendizagem de novos métodos de entretenimento pautarão a trama deste solo.

CRIAÇÃO, CONCEÇÃO E INTERPRETAÇÃO Marta Jardim
RESIDÊNCIA DE CO-PRODUÇÃO O Espaço do Tempo