
- Este evento já decorreu.
C A R C A Ç A — Marco da Silva Ferreira
Outubro 4, 2022 - Outubro 16, 2022
Evento Navigation

Carcaça — Marco da Silva Ferreira
Em C A R C A Ç A , Marco da Silva Ferreira usa a dança como ferramenta para pesquisar sobre comunidade, construção de identidade colectiva, memória e cristalização cultural. A coreografia que parte inicialmente de footwork saltado como motor agitador e acelerador, desenha progressivamente um corpo vibrante, rebelde e carnavalesco.
Um elenco de 10 performers formam um colectivo que pesquisa sobre a sua identidade colectiva num fluxo físico, intuitivo e despretensioso do corpo, da dança e de construção cultural. Partem de trabalho de pernas (footwork) que lhes é familiar, oriundo do clubbing, dos ball’s, das battles das cyphers e do estúdio para se aproximarem de danças folclóricas padronizadas e imutáveis relacionadas com a sua memória/herança. Estas danças do passado cristalizaram e não tiveram capacidade de integrar novas definições de corpos, grupos e comunidades que eram tidas como menores. Foi necessário romper com o passado autoritário, totalitário e paternalista. Em C A R C A Ç A propõe-se um exercício integrante do passado e do presente. Pensando-se sobre: Como se decide esquecer e tornar memória? Qual o papel das identidades individuais na construção de uma comunidade? Qual a força motriz de uma identidade? Que mundo está a atravessar o corpo individual e colectivo? Ou, melhor, que corpos estão a atravessar o mundo?
Os passos, complexos mas feitos com tênis simples, trarão não só o som ao palco, mas também as trocas entre as energias cinética, térmica e luminosa. Os sons físicos são acompanhados pela bateria tocada por João Pais Filipe e a música eletrónica de Luis Pestana. Esses elementos, executados ao vivo, constituem uma trilha sonora acelerada que interliga referências da música tradicional (por exemplo fanfarras e marchas), da música pós-moderna e da música de clubbing (Techno/ trance/dub).
Ficha Artística / Técnica
Direção Artística e Coreografia: Marco da Silva Ferreira
Assistência Artística: Catarina Miranda
Performers: André Speedy, Fábio Krayze, Leo Ramos, Marc Oliveras Casas, Marco da Silva Ferreira, Maria Antunes, Max Makowski, Mélanie Ferreira, Nelson Teunis, Nala Revlon
Desenho de luz e Direção técnica: Cárin Geada
Música: João Pais Filipe (percussionista) e Luís Pestana (música eletrónica)
Figurinos: Aleksandra Protic
Estudos Antropológicos: Teresa Fradique
Danças Folclóricas: Joana Lopes
Produção: Joana Costa Santos, Mafalda Bastos
Estrutura de Produção: Pensamento Avulso
Difusão: ART HAPPENS
Co-produção: Teatro Municipal do Porto, Centro Cultural de Belém, Big Pulse Dance Alliance, co-produced by New Baltic Dance (Lithuania), Julidans (The Netherlands), Tanz im August/HAU Hebbel am Ufer (Germany), Dublin Dance Festival (Ireland) and ONE Dance Week (Bulgaria), co-funded by the Creative Europe programme of the European Union, Centre Chorégraphique National de Caen en Normandie, La briqueterie – CDCN du Val-de-Marne, Maison des arts de Créteil, KLAP- Maison pour la danse, CCN-Ballet National de Marseille, Charleroi danse, centre chorégraphique de Wallonie – Bruxelles, December Dance (Concertgebouw and Cultuurcentrum Brugge), La rose des vents – scène nationale Lille Métropole – Villeneuve d’Ascq, TANDEM Scène Nationale Arras-Douai
Apoio: República Portuguesa – Cultura, DGARTES – Direção Geral das Artes
SOBRE MARCO DA SILVA FERREIRA
Marco da Silva Ferreira nasceu em 1986 em Santa Maria da Feira e licenciou-se em fisioterapia pelo Instituto Piaget, Gaia (2010), carreira que nunca exerceu, mas que concentra os seus estudos nas Ciências da Saúde. A prática física começou em 1996 através do desporto, especificamente da natação de alto rendimento. Em 2002, abandonou-a para dar lugar às práticas corporais nas artes Performativas. Fez um caminho autodidata através de estilos de dança que fluíam em um contexto urbano com influências afrodescendentes. Entre 2002 e 2010 o foco e os léxicos da dança tornaram-se cada vez mais diversificados e aproximaram-se das ferramentas de improvisação e composição coreográfica contemporâneas. Em 2010, ganhou o concurso televisivo So You Think You Can Dance- Portugal. Intérprete profissional desde 2008, interpretou André Mesquita, Hofesh Shechter, Sylvia
Rijmer, Tiago Guedes, Victor Hugo Pontes, Paulo Ribeiro, David Marques, entre outros. Destacam-se na sua carreira HU(R)MANO (2013) que integrou Aerowaves Priority Companies (2015) e se apresentou em circuito nacional e internacional até 2018. BROTHER (2016) consolidou um discurso autoral em uma linha de reflexão sobre dança e seu significado hoje, criando conexões com suas origens e traçando olhar através do corpo e cultura. Estreou no Teatro Municipal do Porto-Rivoli e tem feito várias digressões
a nível internacional e nacional, tendo também integrado Aerowaves Priority Companies, 2018.