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Boca Fala Tropa — Gio Lourenço
Novembro 8, 2022 - Novembro 20, 2022
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Boca Fala Tropa — Gio Lourenço
A partir de um corpo a vários tempos onde a memória se reinventa, Gio Lourenço constrói, tendo como base os movimentos do Kuduro, um itinerário biográfico onde o corpo se torna uma alegoria da memória. O Kuduro surge nos anos 90, em Luanda, no contexto de uma guerra civil. Os códigos específicos deste estilo de dança, que expressava o quotidiano angolano, chegavam a Portugal através do corpo e das cassetes dos que transitavam entre estes dois países. É nesta altura que o criador se torna kudurista, os passos de dança, a música e a estética próprias deste estilo, estabeleciam uma linguagem codificada que lhe permitia manter uma ligação a Angola, onde nasceu e viveu até aos 5 anos, altura em que se muda para Portugal. Boca Fala Tropa propõe um território identitário deslocado de uma geografia concreta – o trânsito entre Angola e Portugal – partindo dos movimentos do Kuduro para cruzar elementos da memória individual, e as suas inevitáveis ficções, com elementos da memória coletiva.
Ficha Técnica / Artística
Direcção Artística: Gio Lourenço
Dramaturgia: Gio Lourenço e Cátia Terrinca
Apoio à criação: Neusa Trovoada e Sofia Berberan
Performers: Gio Lourenço, Xullaji e Vânia Doutel Vaz (em vídeo)
Vídeoartista: Michelle Eistrup
Sound Designer: Xullaji
Desenho de Luz: Manuel Abrantes
Apoio ao movimento: Vânia Doutel Vaz, Fogo de Deus
Acompanhamento em Corpo- Sofia Neuparth
Cenografia e Figurinos: Neusa Trovoada
Figurinos do vídeo: Magda Buczek
Guarda-roupa: Ulla Jenner
Fotografia: Sofia Berberan
Produção Executiva: Paulo Lage
Produção: Medusa Material
Apoios: Fundação GDA, c.e.m.-centro em movimento, Companhia Olga Roriz, Casa dos Direitos Sociais, FABRIKKEN for Kunst og Design.
Sobre Gio Lourenço
Gio Lourençonasceu em Angola em 1987.
É ator residente do Teatro GRIOT e trabalhou, entre outros, com os encenadores Zia Soares, Rogério de Carvalho, Nuno M Cardoso, Guilherme Mendonça, Bruno Bravo, António Pires e João Fiadeiro. Tirou o Curso de Teatro e Animação da CERCICA e frequentou o CEM através duma bolsa do Centro Nacional de Cultura.
A sua criação “Preta” foi selecionada para se apresentar no Pavilhão da Holanda na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza, reagendada para 2021. Ainda no âmbito da mesma Bienal desenvolveu, para o catálogo do Pavilhão da Holanda, o projeto “Memória Botânica”, em parceria com a fotógrafa Sofia Berberan.
Em televisão participou em séries como “Equador”, “InspetorMax”, “Ele é Ela”. Como bailarino participou em vários videoclips. No cinema, participou nas curta-metragens “Filmes e Telemóvel” de Adriano Luz, “Verdade Inconveniente” de Pedro Sebastião e Paulo Cuco, nos documentários “O Lugar que Ocupas”,realização de Pedro Filipe Marques, e “TEMPESTADES, Ensaio de um Ensaio”. A de Uli Decker, “A PEDRA” de Ana Lúcia Carvalho, na longa metragem, “A Ilha dos cães”, de Jorge António, e foi protagonista da curta-metragem “Arriaga”, de Welket Bungué.